Pessoas Especiais Fernando Pessoa

Nós todos sabemos a importância que a literatura tem na vida do ser humano. E isso já vem de milhares e milhares de anos atrás. Basicamente, desde a invenção da escrita, há quatro mil anos antes do nascimento de Cristo, é que tivemos a possibilidade de conhecer ainda mais sobre os nossos antepassados, bem como, também, um pouco mais sobre a cultura deles naquele instante da história.

Antes da invenção da escrita,  basicamente nós nos baseávamos para conhecer um pouco mais sobre a vida dos nossos ancestrais por meio dos desenhos rupestres que eles deixavam para nós, contendo diversos desenhos sobre os seus estilos de vida, bem como, também, um modo de vida que difere dos demais. No mundo, estão espalhados diversos sítios arqueológicos com inscrições e desenhos do tipo.

No Brasil, talvez um dos sítios arqueológicos mais conhecidos seja o da Serra da Capivara, que está localizado no Ceará, cujo a responsável por seu gerenciamento é a antropóloga Niéde Guidon. Por lá, podem se encontrar diversos sítios cujas escavações já revelaram ossadas de dinossauros, inscrições rupestres, entre muitos outros itens históricos.

E, tudo isso foi possível de ser documentado, posteriormente, com a invenção da escrita, logicamente. Por conta disso e de outros motivos, é que a escrita e, consequentemente, a literatura, são importantes demais para a vida no nosso planeta.

O nosso artigo de hoje irá falar sobre um escritor que é um dos mais importantes da língua portuguesa: Fernando Pessoa. Aqui, você vai conhecer um pouco mais sobre a vida dele, bem como, também, algumas curiosidades relacionadas.

A Vida De Fernando Pessoa

Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa, no dia 13 de junho de 1888, tendo sido, em vida, um poeta, dramaturgo, publicitário, astrólogo e crítico literário. Embora tenha origem portuguesa, Fernando Pessoa chegou a ter uma maior afinidade com a língua inglesa, pois a sua educação foi toda fundamentada em uma escola católica irlandesa na África do Sul. Por conta disso, seus primeiros poemas foram escritos, majoritariamente, utilizando a língua inglesa. Harold Bloom, um importante crítico da literatura inglesa, creditou que Fernando Pessoa tinha uma grande sensibilidade, avaliando positivamente suas obras. Arriscou dizer, ainda, que ele tinha talento tanto para a língua inglesa quanto pra língua portuguesa.

Harold Bloom

Harold Bloom

O escritor publicou um total de quatro obras, sendo que 75% deles (ou seja, três obras) são escritos na língua inglesa. Além de escrever, também serviu como tradutor, tendo trazido para a língua portuguesa obras consagradas do dramaturgo inglês William Shakespeare, além de também ter feito o caminho inverso, ou seja, traduzido diversas obras do português para o inglês, de escritores igualmente renomados.

Enquanto era poeta, o escritor também lançou diversos poemas sob outras alcunhas; isto é, com diversos pseudônimos, como Ricardo Reis, Álvaro Campos, entre outros. Um importante poeta estadunidense, Robert Hass, disse uma vez que vários outros poetas tinham a mania de se esconder em um pseudônimo, mas mantendo uma suntuosidade que era identificável nas obras. Mas, em se tratando de Fernando Pessoa, o poeta tinha a capacidade de criar, a cada pseudônimo novo, um poeta totalmente diferente de si mesmo e dos outros pseudônimos. Ou seja, era um personagem que ele tinha a capacidade de transformar em um único.

Robert Hass

Robert Hass

A partir de 1896, quando o futuro escritor ainda tinha 8 anos ele, acompanhado de sua mãe, se mudaram para a cidade sul africana de Durban, onde, antes de se dirigir para a escola, participou de um trabalho em uma instituição cristã, de onde realizou sua primeira comunhão. Três anos depois, em 1899, ingressa no Liceu de Durban, no qual viria a se destacar e, também, se tornar um dos primeiros alunos da sala, isto é, Pessoa apresentava um desenvolvimento acima da média dos demais alunos. Foi nessa época, também, que o autor começou a criar pseudônimos nos quais ele poderia se transvestir e, assim, propagar ainda mais a sua escrita: Alexander Search foi o primeiro deles.

Reflexões

Pessoa começou a sofrer de uma falta de atenção por parte da mãe, que havia se casado novamente e tido filhos com o seu padrasto. Quando a mãe começou a dar mais atenção a eles, Pessoa se isolou, começando um processo de reflexão interno bastante complexo.

Foto de Fernando Pessoa Andando Pela Rua

Foto de Fernando Pessoa Andando Pela Rua

Em um determinado momento, a sua família regressou para Lisboa, para um período de permanência curto. Só que, dessa vez, Fernando já mais adulto, decidiu que não voltaria mais para Durban, mostrando o desejo de permanecer em Lisboa. Assim, sua família volta para o continente africano sem o poeta. No entanto, por algum motivo, Fernando Pessoa resolveu voltar para Durban, a bordo de um cargueiro à vapor.

A Volta Definitiva

Só que a vontade de voltar de forma definitiva para Lisboa novamente ficou no pensamento de Pessoa, que, em 1905, resolver voltar para Lisboa, dessa vez, de forma definitiva, passando a viver com suas tias.  Nesse mesmo período, se matricula no curso de letras da Universidade de Lisboa, o qual não chega a completar nem um ano de curso, abandonando-o. No entanto, o contato primário com o curso fez com que Pessoa tivesse um contanto mais do que especial com diversos escritores, o que abriu sua rede de contatos, bem como, também, inspirações na sua vida profissional.

Durante muitos anos, Pessoa contribuiu profissionalmente com seus trabalhos, bem como, também, com seus pensamentos que começaram a influenciar as pessoas da época.

Morte

Porém, a sua vida começou a sofrer um revés a partir da década de 1930. Nessa época, ele descobriu uma cirrose hepática, bem como, também, sofria de cálculos biliares. O seu estado se agravou tanto que, em 1935, ele fora identificado com pancreatite aguda, vindo a falecer em 25 de novembro desse ano, com apenas 47 anos.

Muito se tem discutido sobre o seu legado para com a literatura. É consenso entre os estudiosos que ele foi um grande inventor de personagens que ele conseguia incorporar e, ao mesmo tempo, fazer com que eles se tornassem únicos na literatura. Nesse sentido, Pessoa inovou os conceitos relacionados ao que diz respeito à originalidade de suas obras, não deixando que a falta de criatividade atingisse tudo aquilo que ele produzisse, desde seus próprios trabalhos a até mesmo a tradução de outras obras.

Gostou? Curta e Compartilhe!

Categoria(s) do artigo:
Autores Famosos

Artigos Relacionados


Artigos populares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Time limit is exhausted. Please reload CAPTCHA.