Clarice Lispector Poemas Vida

Biografia De Clarice Lispector:

Para quem não a conhece, Clarice Lispector, nasceu em mil novecentos e vinte e cinco, em Tchetchelnik, na Ucrânia, e morreu (jovem) em mil novecentos e setenta e sete. Clarice Lispector foi, além de uma escritora e jornalista brasileira, tida e reconhecida como uma das mais importantes e renomadas escritoras do século vinte.

Ela, com a ajuda do seu romance inovador, com linguagem muito poética e diferenciada foi uma das integrantes do Terceiro Tempo Modernista, conseguiu, sozinha, fazer com que toda a sociedade questionasse todos os modelos narrativos tradicionais. O último romance publicado por essa escritora e jornalista brasileira e revolucionária foi “A hora da Estrela”’.

Esse, que é um romance que conta a história de uma datilógrafa (profissão em que a pessoa consegue digitar uma grande quantidade de palavras sem ter que ficar olhando com frequência para as teclas) alagoana, cujo nome é Macabéa, que é uma imigrante, que vai de Alagoas para o Rio de Janeiro. A rotina dessa personagem é narrada por um narrador onisciente e fictício, o qual é chamado Rodrigo S.M.

Essa narrativa é considerada por algumas pessoas, o romance mais famoso da época, uma vez que ele traz consigo uma forma diferente da costumeira de narrar, sendo, por alguns considerada extremamente intimista. Essa obra, A Hora da Estrela, além de tudo, coloca em pauta algumas questões filosóficas e existenciais, que deixam a marca da autora em seu romance.

Infância E Adolescência: 

A renomada escritora, Clarice Lispector, ao contrário do que muitos pensam, não nasceu no Brasil, e sim em Tchetchelnik, na Ucrânia, na data de 10 de dezembro de mil novecentos e vinte e cinco. Seus pais foram Pinkouss e Mania, os quais possuem origem judaica, e chegaram ao nosso país, acompanhado de sua filha, em março do ano de mil novecentos e vinte seis, vieram para o Brasil porque estavam fugindo do antissemitismo, que na época era disseminado na Rússia, no período que deu duração a Guerra Civil Russa.

A família se mudou para o Brasil e morou em Maceió, Alagoas, onde morava com sua família, que tinha como integrantes Zaina, irmã de sua mãe, sua tia, a qual era a dona da casa para onde sua família se mudou, e seus pais.

A escritora tinha somente dois meses de idade quando se mudou. E uma curiosidade interessante é que seu pai achou melhor que todos mudassem de nome, e dessa forma, todos trocaram e assim surgiu o nome Clarice Lispector, que antes era Haia Lispector.

No ano de mil novecentos e vinte e nove mudou-se com a sua família para a cidade de Recife, onde morou durante sua infância no bairro de Boa Vista. Aprendeu a ler e escrever muito nova, na escola João Barbalho, e mesmo criança começou a escrever pequenos contos. Também estudou inglês e francês, além de ter crescido escutando o idioma dos seus pais, que é o iídiche.

Infelizmente, Clarisse ficou órfã, pela parte de mãe, muito jovem, quando tinha apenas nove anos de idade. Terminou o colégio primária e foi estudar no colégio Ginásio Pernambucano, considerado o melhor colégio público da região. Ainda jovem, com apenas, com apenas 12 anos de idade, a escritora Clarisse Lispector se mudou novamente com sua família para o estado do Rio de Janeiro, onde morou no Bairro da Tijuca. Lá, ela ingressou no Colégio Sílvio Leite, onde praticamente morava na biblioteca, pois vivia frequentando aquele espaço.

Casamento E Seus Primeiros Livros:

Casamento de Clarice Lispector

Casamento de Clarice Lispector

Assim que terminou o segundo grau, no ano de mil novecentos e quarenta e um, a escritora e jornalista Clarice Lispector ingressou na faculdade Nacional de Direito, conseguiu ser contratada e passou a trabalhar na redação da Agência Nacional, com o cargo de redatora.

Depois disso, ela passou a trabalhar no jornal A Noite. No ano de mil novecentos e quarenta e três ela se casou com um amigo de turma, chamado Maury Gurgel Valente. No mesmo ano em que casou, terminou o romance “Perto do Coração Selvagem”, muito conhecido em todo o mundo, romance tal que mostra uma visão interiorizada do mundo na adolescência. Já no ano de mil novecentos e quarenta e quatro, Clarice publicou esse livro, que foi acolhido muito bem pela crítica, e acabou ganhando o Prêmio Graça Aranha.

Perto do Coração Selvagem

Perto do Coração Selvagem

Ainda nesse mesmo ano, Clarice Lispector acompanhou seu marido, que tinha a carreira de diplomata, em viagens Brasil a fora. O primeiro lugar para que o casal viajou foi Nápoles, na Itália. Como a Europa estava em guerra, Clarice trabalhou como voluntária de assistente de enfermagem em um hospital que era da Força Expedicionária Brasileira. Ela nunca parou de escrever, e no ano de mil novecentos e quarenta e seis, acabou publicando um outro livro “O Lustre”.

No mesmo ano da publicação deste livro, a escritora se mudou e foi morar em Berna, na Suíça. Tempos depois, no ano de mil novecentos e quarenta e nove ela publicou “A Cidade Sitiada”. E nesse mesmo ano, nasceu seu primeiro filho, chamado Pedro. Passou a se dedicar inteiramente a escrever contos e no ano de mil novecentos e cinquenta e dois publicou “Alguns Contos”. Logo depois disso, passou seis meses na Inglaterra e depois disso ela foi para os Estados Unidos da América, país em que nasceu o seu segundo filho, chamado Paulo, no ano de mil novecentos e cinquenta e três. Um ano depois o seu livro, Perto do Coração, foi publicado em francês.

Jornalismo E Literatura Infantil:

No ano de mil novecentos e cinquenta e nove, a Escritora se separou de seu marido e retornou para o estado do Rio de Janeiro, levando com ela seus dois filhos, Pedro e Paulo.

Logo que se mudou ela começou a trabalhar no Jornal Correio da Manhã, e passou a trabalhar como colunista na coluna “Correio Feminino”. E no Diário da Noite trabalhou com a coluna “Só Para Mulheres” e nesse mesmo período lançou “Laços de Família”, livro de contos que recebeu o inestimável Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro. Clarisse recebeu também o prêmio de melhor livro do ano com a publicação do livro A Maçã no Escuro em 1962.

Em mil novecentos e sessenta e sete, a escritora jornalista sofreu um acidente, enquanto fumava ela pegou no sono, seu cigarro queimou a coberta que usava para se cobrir e acabou tendo várias queimaduras pelo seu corpo, principalmente na mão direita. Apesar de passar por diversas cirurgias não conseguiu recuperar os movimentos que possuía antes. Viveu isolada durante um tempo e nunca parou de escrever. Um ano depois, ela publicou crônicas no Jornal do Brasil. Passou também a integrar o Conselho Consultivo do Instituto Nacional do Livro. Foi considerada pelos outros uma “pessoa difícil”. Em 1976, Clarisse obteve sucesso e ganhou o primeiro prêmio do X Concurso Literário Nacional de Brasília, pelo resultado do conjunto de suas obras. Já em 1977 Clarice Lispector escreveu “Hora da Estrela”, que ganhou até uma adaptação para o cinema.

Hora da Estrela

Hora da Estrela

A escritora faleceu no estado do Rio de Janeiro, em dezembro, dia 9, do ano de mil novecentos e setenta e sete, que por coincidência é um dia antes de seu aniversário. Seu corpo foi enterrado no cemitério Israelita do Caju.

Alguns Dos Poemas Escritos Por Clarice Lispector A Respeito Da Vida:

 “Saudades … sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me pego pensando no passado, eu sinto saudades … Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei … Sinto saudade dos que se foram e de quem não me despedi direito, daqueles que não tiveram como eu dizer adeus … Sinto saudade das coisas das coisas que vivi e das quais deixei passar (…)
Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que … não sei onde… para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi…” (Clarice Lispector).

Saudades

Saudades

“Viver em sociedade é um desafio porque às vezes ficamos presos a determinadas normas que nos obrigam a seguir regras limitadoras do nosso ser ou do nosso não-ser…
Quero dizer com isso que nós temos, no mínimo, duas personalidades: a objetiva, que todos ao nosso redor conhecem; e a subjetiva… em alguns momentos, esta se mostra tão misteriosa que se perguntarmos – Quem somos? Não saberemos dizer ao certo!!!
Agora de uma coisa eu tenho certeza: sempre devemos ser autênticos, as pessoas precisam nos aceitar pelo que somos e não pelo que parecemos ser… Aqui reside o eterno conflito da aparência x essência. E você… O que pensa disso?
Que desafio, hein?
“… Nunca sofra por não ser uma coisa ou por sê-la…” (Perto do Coração Selvagem – p.55) – Clarice Lispector

Obras De Clarice Lispector Em Ordem Cronológica:

  • Perto do Coração Selvagem, romance, 1944
  • O Lustre, romance, 1946
  • A Cidade Sitiada, romance, 1949
  • Alguns Contos, contos, 1952
  • Laços de Família, contos, 1960
  • A Maçã no Escuro, romance, 1961
  • A Paixão Segundo G.H., romance, 1961
  • A Legião Estrangeira, contos e crônicas, 1964
  • O Mistério do Coelho Pensante, literatura infantil, 1967
  • A Mulher Que Matou os Peixes, literatura infantil, 1969
  • Uma Aprendizagem ou Livro dos Prazeres, romance, 1969
  • Felicidade de Clandestina, contos, 1971
  • Água Viva, romance, 1973
  • Imitação da Rosa, contos, 1973
  • A Via Crucis do Corpo, contos, 1974
  • A Vida Íntima de Laura, literatura infantil, 1974
  • A Hora da Estrela, romance, 1977
  • A Bela e a Fera, contos, 1978
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