Não é necessário dizer que a literatura é muito importante para que a população tenha uma boa formação, não é verdade? Não é a toa que muitas pessoas passam a ter uma maior intelectualidade a partir do momento que elas começam a dedicar o seu tempo a ler obras contemporâneas. Além de enriquecer a sua lábia intelectual, ler muito (independente se for livro) ajuda você a enriquecer o seu vocabulário, bem como, também, ajuda com que você tem uma maior clareza ao se expressar, tanto por meio de textos quanto por meio da fala.
Durante muitos e muitos anos, com a invenção da escrita, os livros, jornais e outros tipos de comunicação eram todos feitos à mão, com a escrita das pessoas que desejavam transmitir os seus recados a outras pessoas. Nem precisa dizer que foi a partir da invenção da escrita que as pessoas passaram a ter um maior cuidado em relação à sua comunicação: elas conseguiram, além de transmitir os seus recados, gravar para as próximas gerações um pouco de seu cotidiano, que pôde ajudar muitos cientistas modernos a desvendar o passado dos nossos ancestrais.
Por exemplo: a arte dos nossos ancestrais que desenhavam nas cavernas um pouco de seu cotidiano, como a caça e coleta, pode ser considerado, claro, uma forma de comunicação, mais primitiva, logicamente. Porém, foi a grande chave que o ser humano encontrou para poder se expressar.
Com o desenvolvimento da escrita e das técnicas de comunicação, foram surgindo várias “profissões” que iriam utilizar dessa nova “tecnologia”. Ou seja: os escritores, pesquisadores, artesãos, e por aí vai. Graças ao poder lógico, o ser humano, com o passar dos anos, valorizou o trabalho de centenas de autores que, até hoje, fazem história no mundo da literatura. E, um desses autores é nada mais nada menos do que o autor Fernando Pessoa. E, no nosso artigo de hoje, iremos conhecer um pouco mais sobre ele, bem como algumas curiosidades bastante pertinentes. Confira:
O Autor Fernando Pessoa
Nascido em Lisboa, em Portugal, Fernando Antonio Lisboa foi um poeta, dramaturgo, tradutor, escritor, comentarista político e empresário, tendo sido um grande homem em todos esses quesitos. Seu nascimento foi no ano de 1888, o que coincidiu com um dos principais capítulos da história do Brasil: a abolição da escravatura, depois de a Princesa Isabel assinar a “Lei Áurea”. A sua importância para a língua lusófona é tão importante que ele é considerado o maior autor de língua portuguesa que já viveu no mundo.
Apesar de escrever suas grandes obras em sua língua de origem, por conta de sua criação, Fernando Pessoa já escreveu diversos títulos em inglês. Vale lembrar que o autor veio de uma família de classe média alta, o que propiciou que ele pudesse estudar nas principais escolas de Lisboa e também da cidade sul-africana de Durban. Mas porque é que ele se mudou para lá?
Voltemos um pouco à história. Apesar de ter todas as condições necessárias para fornecer uma infância de muito conforto, a vida de Fernando Pessoa foi um tanto conturbada: logo aos cinco anos, o autor vive uma grande tragédia: seu pai vem a falecer por conta de uma severa tuberculose. As tristezas não pararam por aí: no ano seguinte, o irmão mais velho do escritor também vem a morrer, o que fez com que sua mãe entrasse em uma séria depressão.
Além dos problemas afetivos, com a morte do pai de Pessoa, problemas financeiros também ameaçavam a estabilidade capital da família: a mãe de Fernando, sem saída, resolve leiloar parte de sua valiosa mobília, como forma de angariar fundos para sobreviver. Porém, ela estava convencida que Lisboa já não era mais o lugar certo para ela viver. Por isso, depois de pesquisar muito, decidiu se mudar para uma cidade da África do Sul chamada Durban. E, com uma esperança de dias melhores, mãe e filho partem para uma nova vida.
Durban
Ao chegar em Durban, Pessoa acabou matriculado em uma das principais escolas da cidade, que educavam as crianças somente em inglês. Por conta disso, Fernando acabou fluente tanto em inglês quanto em português. O garoto surpreendeu a direção do colégio, por conseguir fazer em apenas dois anos o que a maioria das crianças levava quatro para poderem executar.
Depois do primário, Pessoa conseguiu estudar em uma das melhores escolas de ensino regular da cidade, o Liceu de Durban. E, posteriormente, ele conseguiu entrar em uma instituição de ensino superior que viria para mudar a sua vida por completo, já que ele passou a fazer aquilo que ele mais gostava: escrever.
Foi a partir daí que ele começou a ter uma maior liberdade para fazer seus poemas e outras escrituras, bem como, também, poder usar diversos tipos de pseudônimos que o ajudava a manter a própria identidade oculta. A mãe de Pessoa havia se casado novamente, tendo uma filha que tinha o nome de Madalena. Porém, as tragédias familiares não tiveram fim com a morte do irmão mais velho de Fernando: a pequena caçula também viria a morrer, aos dois anos de idade.
As Férias
Alguns anos mais tarde, a família resolveu tirar férias prolongadas de um ano, retornado até Lisboa. Fernando foi junto, porém, sentia que não era a hora, ainda. Depois de passado o período, notando que sua mãe e seu padrasto davam uma atenção maior ao seu irmão mais novo, ele decidiu que era hora de continuar a sua vida um pouco mais independente de sua mãe.
O Regresso Definitivo
Por conta disso, quando sua mãe regressou a Durban, Pessoa decidiu permanecer em Lisboa por alguns meses, retornando mais tarde ao seio da mãe. Porém, a morte de sua avó Dionísia o faz repensar toda a sua estratégia novamente, fazendo com que, então, voltasse para Lisboa, dessa vez, definitivamente.
Com o dinheiro da herança, Fernando abre uma tipografia e, assim, passa a ter uma força maior para lançar suas obras. A partir de 1930, no entanto, a saúde de Pessoa começa a se debilitar de uma forma assustadora. Depois de muitos anos doente, o escritor morre, em 1935, deixando uma vasta coleção literária que é aclamada até os dias de hoje.
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