Frases de Favela Sinistra
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Qual é a Diferença de Morar na Favela ou Não?
Morar na favela pode ser tido como algo muito ruim para muitas pessoas, mas para quem mora na favela, o sentimento é muito especifico e de agradecimento todos os dias. Não é porque as imagens aéreas demonstram uma certa vulnerabilidade socioeconômica que o ecossistema ali presente, não possa ser muito melhor que muitos bairros de luxo pelo Brasil, tal qual Jardins, Alphavile ou Copacabana. A impressão que tem-se quando pessoas ricas falam sobre as favelas, é que todos que estão ali, odeiam suas vidas e preferem o dia a dia caótico das avenidas globais em São Paulo ou Rio de Janeiro, mas enganam-se rudemente essas pessoas.
Um morador de favela tem orgulho de conhecer todas as pessoas em sua comunidade, participar das decisões, e o jeito de falar e vestir que possuem no seu dia a dia. Nem sempre ter mais significa ser mais, o que nos faz ser melhor são justamente os fatores que não são compráveis, como amizade e vontade de fazer o bem sem olhar a quem, e isso na favela é muito abundante.
Evidente que não temos apenas lados interessantes lá dentro, e que muitas vezes a criminalidade é acentuada, mas isso é multiplicado por ações promovidas muitas vezes pelos próprios policiais e milicianos que vem de fora da favela, para aumentar a sensação de impotência e fazer com que jovens se corrompam para o mundo do crime. Essa escolha muitas vezes não é feita sequer pelo jovem que compra uma arma, mas pelos milicianos que criam um clima de insegurança, motivando os jovens a seguirem um caminho ruim. Por esses e vários outros motivos, temos que afirmar que a favela é sim um ambiente muito bacana, e pode ser sinistra, no sentido mais legal da palavra.
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A Atitude de Um Morador de Favela
A atitude de um morador de favela é diferenciada, e não adianta: aquele que não tem a malandragem (no bom sentido), vai acabar criando. A malandragem de não perder o horário para ir trabalhar, a malandragem de saber quem é a menina do bairro que está solteira ( ou do rapaz do bairro, para as meninas), além da malandragem de saber que é preciso chegar primeiro, para não sair por último. E obviamente a malandragem para saber que é preciso ficar ligeiro para não se meter em situações erradas, sabendo que o perigo pode estar perto, mesmo em um ambiente cordial.
Por mais que o Maloka é o tipo mais encontrado, também se acha pessoas mais introvertidas e que gostem de coisas diferentes, até porque a palavra central de um contexto nas comunidades vai ser sempre “pluralidade e diversificação”. Não cabe espaço pra preconceito, não cabe espaço para promoção de ideias que invadam o lado individual de cada, assim como não é permitido ser intolerante. A responsabilidade coletiva é parte da vida de um morador de favela sinistra.
A música que predomina nas favelas é o funk, que é uma vertente que varia do Rio de Janeiro para São Paulo. Enquanto o funk carioca vai um pouco mais pro lado da festa e diversão, o funk paulista vai um pouco mais pro lado ostentação, e que fique claro: os dois são válidos, e refletem de alguma forma a liberdade de expor em notas musicais aquilo que o morador de favela passa no seu dia a dia. Sempre que aparecerem problemas, a coletividade é a principal forma de expressão no funk.
Mas essa exposição de ideias e cultura não aparece só na música, mas também na forma de falar e se vestir. As gírias reinam no vocabulário do maloka, e muitas vezes é preciso se situar para entender o que uma palavra quer dizer. Para quem pensa que um morador de favela fala errado, já adianto por aqui: a maioria das palavras usadas pelos malokas já estão sendo incluídas no dicionário formal da língua portuguesa, então não adianta fala que isso é errado. Para completar as especificidades dos malokas, vamos ao visual. A lupa (óculos) não pode faltar, e de preferencia uma juliete. A bombeta ( boné) é artigo principal na cabeça de um maloka, e não é apenas para proteger do sol, uma vez que a noite também é obrigação. Para completar, uma peita (camiseta) bacana e um pisante (tênis) de respeito, são artigos mais do que obrigatórios no visual.
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Frases de Favela Sinistra
Se algum dia você se perguntar como deve se expressar quando o contexto for o de uma favela sinistra, a palavra chave é simplicidade. Não invente muito e não tente parecer quem você não é. Isso mostra que a favela é apenas uma derivação social como qualquer outra, porque a naturalidade e simplicidade são chaves em qualquer ambiente. Na favela não é diferente, vamos lá.
Indo pra festa:
-“E ai mano, qual é? Que horas começa o rolê?”
-“Minha gata, ta de boa ai? Já to tirando o motor da garagem e passando ai pra te buscar pro role.”
Indignação:
-“Qual é meu parça, ta me tirando de comédia?”
-“Se liga meu irmão, não vai crescer pra cima de mim não.”
-Felicidade
-“Mano, na moral, acho que to voando viu.”
-“Mano, to feliz demais, acho que nunca me senti assim viu. Felicidade é tudo.”
Durante a paquera:
-“E ai gata, deixa eu te falar a real: você vale mais que mil diamantes e as nuvens do céu juntos.”
-“Olha mina, eu não sou de muitas emoções não, mas eu tenho que te falar: Do jeito que você me deixa quando eu te vejo, acho que vamos casar rapidinho.”
-“Linda, eu preciso ir na sua casa mostrar o bambolê de dedo pro seu pai, e pedir sua mão. To gamadão na sua viu.”
Falando Sobre sua Própria Comunidade:
-“Não existe lugar melhor que nossa favela, aqui nós é de responsa, não tem cara sangue ruim não.”
-“Mano, vou te falar a real: eu não troco esse lugar aqui por nenhum lugar no mundo. Bom demais morar na nossa comunidade.”