Poema Aniversário Mário Quintana

Mário de Miranda Quintana nasceu na cidade de Alegrete, localizada no estado do Rio Grande do Sul, no dia 30 do mês de julho do ano de 1906. Ele se tornou um poeta, além de tradutor e também jornalista. É considerado um dos maiores poetas do século XX, e um nome extremamente lembrado da literatura brasileira.

Biografia de Mario Quintana

Os pais de Mário Quintana eram Celso de Oliveira Quintana, que trabalhava como farmacêutico em sua cidade, e a mãe era Virgínia de Miranda Quintana.

Seus pais o ensinaram um pouco de francês, além dos estudos que ele tinha nas escolas de sua cidade. Ainda na juventude, com 13 anos, mudou-se para a cidade de Porto Alegre, onde começou a frequentar o Colégio Militar de Porto Alegre, que era um internato. Foi no colégio militar que começou a desenvolver mais a sua escrita, e logo publicou os seus primeiros trabalhos na revista dos alunos da escola.

Seu primeiro trabalho publicado no jornal de sua cidade foi sob o pseudônimo “JB”, que foi publicado no ano de 1923, quando ele possuía 17 anos. Após se formar no Colégio Militar ele passou a trabalhar na livraria Globo, localizada em Porto Alegre, depois de três meses perde esse emprego e volta para a cidade natal, onde passa a trabalhar na farmácia da família.

No ano de 1926 a mãe Virgínia vem a falecer, e ano seguinte seu pai também falece. Nesse meio tempo ele foi premiado em um concurso de contos de um jornal de Porto Alegre, chamado Diário de Notícias, com o seu conto chamado “A sétima Passagem”.

Além de escrever, ele começou a trabalhar como tradutor no ano de 1929, na redação do jornal O Estado do Rio Grande, enquanto trabalha manda seus versos para outros estabelecimentos, conseguindo publicações na Revista Globo e também no Correio do Povo, meios influentes da época.

Em 1930 ele vai para o Rio de Janeiro, após o jornal em que trabalhava ser fechado, e se torna voluntário do 7º batalhão de Caçadores de Porto Alegre, durante seis meses, até retornar a cidade de Porto Alegre e voltar a trabalhar no jornal.

Como tradutor ele trabalhou com o livro “Palavras e Sangue”, do autor Giovanni Papini, além de “Em Busca do Tempo Perdido” do autor Marcel Prost, e “Voltaire” de Virginia Woolf e Emil Ludwig. No ano de 1936 passa a trabalhar para a Livraria do Globo, e também a publicar seus textos na revista Ibirapuitan.

Primeiro Livro Publicado E Suas Outras Obras

Seu primeiro livro publicado era de sonetos, chamado “A Rua dos Cataventos”, foi publicado no ano de 1940. Os sonetos do livro são eternos e transcritos em diversos livros didáticos. Após seu primeiro livro, ele publicou mais 17 obras poéticas, listadas abaixo:

  • A Rua dos Cataventos – primeiro livro – publicado em 1940 pela Editora do Globo;
  • Canções– publicado em 1946 pela Editora do Globo;
  • Sapato Florido – publicado em 1948 pela Editora do Globo;
  • O Aprendiz de Feiticeiro– publicado em 1950 pela Editora Fronteira;
  • Espelho Mágico– publicado pela Editora do Globo em 1951;
  • Inéditos e Esparsos– publicado pelo Cadernos do Extremo Sul em 1953;
  • Poesias– publicado pela Editora do Globo em 1962;
  • Caderno H – publicado pela Editora do Globo em1973;
  • Apontamentos de História Sobrenatural– publicada pela Editora do Globo / Instituto Estadual do Livro em 1976;
  • Quintanares– publicado pela Editora do Globo em 1976;
  • A Vaca e o Hipogrifo– publicado pela Garatuja em 1977;
  • Esconderijos do tempo – publicado pela L&PM em 1980;
  • Baú de Espantos– publicado pela Editora do Globo em 1986;
  • Preparativos de Viagem – publicado pela Editora Globo em 1987;
  • Da Preguiça como Método de Trabalho– publicado pela Editora Globo em 1987;
  • Porta Giratória– publicado pela Editora Globo em 1988;
  • A Cor do Invisível– publicado pela Editora Globo em 1989;
  • Velório Sem Defunto– publicado pela Mercado Aberto em 1990.

Após sua morte, há três obras póstumas:

  • Água– publicada pela Artes e Ofícios em 2011;
  • Eu Passarinho – São Paulo, Para gostar de ler 41, Editora Ática publicada em 2006 (Antologia póstuma);
  • Poema: Quarteto e Terceto.

Mário Quintana também escreveu seis livros infantis:

  • O Batalhão das Letras– publicado pela Editora do Globo em 1948;
  • Pé de Pilão– publicado pela Editora Vozes em 1968;
  • Lili inventa o Mundo– publicado pela Mercado Aberto em 1983;
  • Nariz de vidro – publicado pela Editora Moderna em 1984;
  • O Sapo Amarelo– publicado pela Mercado Aberto em 1984;
  • Sapato Furado– publicado pela FTD Editora, 1994.

Prêmios E Últimos Anos De Vida

Durante a sua vida, Mário Quintana tentou ingressar na Academia Brasileira de Letas por três vezes, nunca conseguindo, até que no ano de 1966 ele é saudado em uma sessão da academia e convidado a se candidatar, porém ele recusa o convite.

Academia Brasileira

Academia Brasileira

O autor recebeu o prêmio Machado de Assis, entregue pela ABL, pelo conjunto de sua obra, no ano de 1980. No ano seguinte ele também recebeu o Prêmio Jabuti, onde foi colocado como Personalidade Literária do Ano.

Aquém da sua carreira de escritor, ele nunca se casou ou teve filhos, vivendo a maior parte da sua vida morando em hotéis. Viveu por 12 anos, de 1968 até 1980 no Hotel Majestic, localizado no centro histórico de Porto Alegre, porém foi despejado após ficar sem emprego e não conseguir pagar o quarto.

Nessa época Paulo Roberto Falcão sede ao escritor um quarto no Hotel Royal, que era de sua propriedade, ele vive lá por algum tempo e depois se muda para Porto Alegre Residence onde viveu até o final de sua vida. Ele faleceu na cidade de Porto Alegre, no dia 5 de maio do ano de 1994.

Final de Vida de Mario Quintana

Final de Vida de Mario Quintana

Em sua vida o autor escreveu sobre diversos temas, temas esses recorrentes até os dias de hoje e que podem ser usados em várias situações. Vamos ver algumas frases do autor que podem ser utilizadas em uma data comemorativa, como o aniversário de alguém especial.

“A amizade é um amor que nunca morre.” (Mário Quintana).

“Tão bom morrer de amor! E continuar vivendo…” (Mário Quintana).

DAS UTOPIAS

“Se as coisas são inatingíveis… ora!
Não é motivo para não querê-las…
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!”

(Mário Quintana)

DA OBSERVAÇÃO

“Não te irrites, por mais que te fizerem
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio.”

(Mário Quintana).

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