Seguir a Ordem
O que é mais importante? O que devo fazer primeiro? Qual a medida entre o executar logo e com o relaxar?
Parece fácil a ordem das coisas, mas não é tão simples. Posso julgar ser mais importante receber bem a visita e logo após sua saída, quando um filho/cônjuge pede um carinho, vou logo dizendo que estou cansado e devo ir dormir cedo, pois terei uma reunião importante amanhã, lá na empresa. O que vale mais, a família ou o trabalho? Acredito firmemente que não dá para estabelecermos patamares de número um para estes dois importantes “pedaços” de nossas vidas.
Sem o trabalho, sem o ganho, dá para custear uma família? Não havia pensado nisso ainda? É… muitas vezes maldizemos o trabalho que temos, mas quando ligeira nuvem do desemprego passa pelo nosso céu, saímos do sério e nos bate uma tremenda preocupação.
Lendo alguns artigos sobre RH, você poderá perceber que o fantasma do desemprego, ainda mais nestes tempos onde a especialização é pré-requisito, ronda os profissionais no dia-a-dia, principalmente os de alto escalão, onde os salários são estratosféricos em relação à maioria dos empregados.
Qual a ordem a seguir no caso acima? Seria possível o estabelecimento de coerência e ponto de equilíbrio? Daria para dosar elegantemente o tempo, disposição, paciência e amor para as duas tarefas? A de profissional e a de pai/cônjuge.
No Cursinho
Em um curso de reciclagem, a instrutora nos colocou um exercício que era um círculo e devíamos mencionar o percentual de tempo que gastávamos por período tal, com família, trabalho, lazer, reciclagem, filantropia etc. Ao final, ligando os pontos, o gráfico ficou muito fora do círculo desejado, ou seja, estávamos gastando tempo demais com uma atividade e faltando para outra. Difícil estabelecermos prioridades para sabermos o que é urgente e o que é importante.
Na Vida
Digamos que você está a muitos anos no mercado de trabalho, é responsável com suas atividades, é profissional bem conceituado perante sua empresa. Seu filhote passa por um sério problema de saúde, seu cônjuge já está exaurido do cuidado com a criança no hospital, você se vê no dever de participar mais de perto daquele cuidado necessário, mas sua empresa não entende assim, quer cobrar de você toda sua capacidade e disponibilidade possível, não lhe dando oportunidade suficiente para você cuidar de sua família… e aí, como fica? Dá para priorizar num caso destes? Difícil, não?
O trabalho é importante e necessário, a família, penso ser o bem mais precioso.
Seria possível se estabelecer uma balança para não haver prejuízo para nenhuma das partes? Estamos longe da perfeição, mas algumas empresas, com RH estruturado têm condições de administrar a situação.
Autor: Dirceu Pereira Mendonça