Olhei pela janela e vi dois pássaros pousados…
Eles se bicavam, se empurravam e se abraçavam.
Um voava mais alto e mais baixo, subia e descia…
O outro via de longe, acompanhava e se embevecia.
Os vôos nem sempre eram atrelados e ritmados, mas…
Fosse sol ou fosse chuva, os pios nunca cessavam.
Às vezes pareciam brigas furiosas e discussões, mas…
Sempre voltavam para o eixo de toda a sua união,
Logo o silêncio prevalecia tranquilizando o coração.
Nos dias mais frios ficavam aninhados e encaixados,
Passavam o calor de um para o outro para se aquecer,
Juntavam forças para em mais um inverno – sobreviver.
Passaram-se invernos e primaveras…
E nem sempre a paz estava em evidência,
Mas… Nem todas as dificuldades os fez desistir,
Pois, para eles o que mais poderia importar…
Não eram as brigas que um dia vinham a acontecer,
Mas, sim as reconciliações que faziam o amor crescer.
As batalhas nem todas foram vencidas…
Porém, desistir nunca esteve em seus planos,
O amor era grande demais para acabar assim…
Tiveram que recuar, iniciar novamente e recomeçar,
Dois pássaros aprendendo a bater asas para voar…
“Deveríamos levar o amor em nossas vidas assim…”
gostei muito