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Conhecendo Os Próprios Sentimentos
É muito importante conhecer o que carregamos dentro de nossos corações, isso se chama auto reconhecimento. Para poder saber como agir com relação ao mundo, é importante saber o que está se passando dentro de nós mesmos. Como tudo se trata de uma amalgama de abstrações, é muito bom ler muito , consultar um terapeuta com frequência (e não apenas quando se está no auge da angustia), e desabafar com as pessoas. Muitas vezes, nós não conseguimos enxergar o que está se passando dentro de nós, mas uma pessoa próxima que nos conheça muito bem, bate olho em nós e identifica o que está acontecendo.
Outro aspecto muito importante quando o assunto são sentimentos, é aguardar um tempo para ter a certeza do que se passa dentro de si. Depois de uma conversa decisiva, o sentimento predominante pode não ser mais aquele que depois de uns 15 minutos. Dar tempo ao tempo é uma estratégia de autoconhecimento, e mesmo que simples, muitas vezes é esquecida pelas pessoas mais intempestivas. As relações pessoais provocam sentimentos que nos fazem mudar rapidamente de posição, e por isso é importante não agir de pronto, quando o assunto é tomada de decisões racionais, em meio a crises pessoais.
Um dos meios mais tradicionais de auto conhecimento são os livros. Existem livros maravilhosos que abordam as conexões neurais e sua influencia na inteligência emocional e auto conhecimento. Existem livros que nos ensinam a nos preparar mentalmente para momentos de impacto, e aqueles livros que nos preparam para ser mais impactantes. Especialistas conseguem passar através da escrita, um resumo aplicado daquilo que levaram anos de estudo e análise para conseguir. É importante salientar que passar os olhos por esses livros não é suficiente, mas sim grifar para ler as partes importantes, além de reler os trechos essenciais. Ao terminar um livro, releia se ele fez diferença em sua vida.
Outro meio muito tradicional de auto conhecimento e talvez o mais efetivo, seja a terapia. A terapia é uma espécie de consulta, realizada em espaços de tempo denominados seções. Nessas seções as pessoas desabafam com seu profissional (o terapeuta), sobre o seu dia a dia e fatos importantes que aconteceram durante os últimos dias. Ouvir pessoas atentas ao nosso relato e que são profissionais da área mental, é diferente de desabafar com amigos. O diagnóstico é profissional, e não substitui a conversa informal com amigos e familiares.
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Diferença Entre Amar e Gostar?
Uma vez que já identificamos quais são os pontos essenciais de reconhecer os próprios sentimentos, além de citar maneiras de apoio para chegar a um resultado mais rápido sobre o que sentimos (e como agir), podemos falar sobre o amor. Amar alguém é algo que nos deixa muito feliz e motivado, ciente de que a vida possui um caminho. Amar é analogamente uma empresa que conseguiu os melhores funcionários do mundo: ela irá produzir mais, será mais reconhecida, buscará atingir patamares não atingidos antes, e buscará ajudar aquelas pessoas que precisam de ajuda. O amor é um sentimento que remete a paz, que nos faz pensar em natureza, em envelhecimento ao lado de uma pessoa, e nos fazendo esquecer todas as experiencias que tivemos anteriores ao nosso atual amor.
Seria ilusão comparar amor com qualquer outro sentimento, ou no mínimo errado. Amor é o auge das relações humanas, não acontecendo apenas entre um casal. Acontece entre irmãos, entre o homem e seu animal de estimação, amor entre pais e filhos, amor entre o homem e seu Deus. Amar é esquecer os defeitos, mesmo ciente de que eles existem. Amar é estabelecer objetivos, e não se importar pelo fato de eles estarem longínquos e distantes.
Quando falamos que estamos gostando de alguém, muitas pessoas assimilam que estamos amando, mas não estamos falando a mesma coisa. Gostar de alguém está mais próximo da paixão, que é um sentimento bem mais efêmero que o amor. Gostar é querer estar próximo da pessoas, estando completamente cega para seus defeitos. Pode incluir querer afastá-la do seu ciclo social, para ter a sua companhia exclusivamente. Quando gostamos ou nos apaixonamos, criamos um ciúme excessivo muitas vezes, talvez por não termos dentro de nós a segurança que apenas o amor proporciona.
Fato é que todo relacionamento começa com o “gostar”. Quando dizemos que fulano se apaixonou a primeira vista, estamos cometendo um erro de sintaxe, porque o amor é construído, e não é obtido em um primeiro encontro. Um sentimento de “gostar” pode ser cultivado até que se torne amor. Quando amamos temos dentro de nós a ciência de que precisamos ser pessoas melhores, olhamos ao nosso próximo com a sensibilidade necessária. Sempre que começamos a levar a vida sem apego algum, nos deparamos com um vazio que dificilmente é ocupado sem o amor.
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Estou Saindo Há Muito Tempo Com Uma Pessoa: Estamos nos Gostando ou Amando?
Por mais que haja a ideia de amor a primeira vista, do ponto de vista de muitos especialistas, esse termo é apenas um índice de suprema atração física, causada por inúmeros fatores químicos e mentais. Gostar de alguém também causa sofrimento se não correspondido, e também causa euforia quando dá certo. O ponto é a legitimidade de tudo isso, porque apenas o amor consegue despertar sentimentos puros, que fogem da euforia ou tristeza e decepção. Estou falando de paz interior, de segurança, de planejar velhice juntos, perpetuar a espécie e passar esse mesmo amor para as próximas gerações.
Se você está saindo com alguém há muito tempo e começou a achar que está amando, já adianto: já tem 50% de chance de ser amor. Segundo especialistas, o primeiro sintoma de que o relacionamento se tornou amor, é o fato da negação acabar, ou seja: se você acha que está amando seu parceiro, provavelmente você estará.
Se você já confia nessa pessoa, a ponto de não impedir que ele saia com amigos, porque acredita que ele é uma pessoa honesta, temos outro sintoma de amor. A paz interior que a segurança do amor nos trás é inconfundível. Isso não quer dizer que os ciúmes acabam por completo, até porque se o ciúmes se vão inteiramente, provavelmente o amor acabou. Estamos falando sobre segurança, e não sobre indiferença, ok?
Tem alguns fatores que você deve levar em conta para conferir se é amor ou não. Ele é a primeira pessoa que você procura para contar uma novidade da escola/faculdade/emprego? Ele é a pessoa que você imagina na sua casa daqui 30 anos? Ele é a pessoa que fez você colocar um coração pela primeira vez no contato telefônico? Ele te faz sorrir quando conta uma piada sem graça, ou quando liga e finge ser outra pessoa, mesmo você sabendo que é ele? Se todas as respostas acima forem afirmativas, eu tenho que lhe informar, que o sentimento que você sente por essa pessoa já evoluiu para o amor.