A Importância Do Hábito e Do Propósito no Caminho Do Sucesso
A Importância Do Auto Conhecimento
Os livros de autoajuda nunca estiveram tão voga, e ocuparam tanto as primeiras colocações entre os best-sellers mundiais. Essa ocasião se dá por muitos fatores, entre elas, a necessidade de aperfeiçoamento pessoal em tempos que qualquer detalhe, coloca uma pessoa a frente de outra em alguma disputa de emprego, ou numa conquista pessoal.
As pessoas desejam melhorar, e querem conhecer mecanismos de melhora. Para isso recorrem às mais diversas formas de aperfeiçoamento pessoal. Cada um escolhe o que lhes parece mais adequado e satisfatório, e isso decorre muitas vezes de experiencias próximas. As vezes algum amigo teve uma experiencia que lhe rendeu retorno, e aquilo parece tão prático que seria tolo não fazer o mesmo. Mas nem sempre é assim, visto que alguns hábitos são verdadeiros fazedores de pessoas alienadas, e por outro lado “bons” hábitos transformam pessoas medianas, em grandes mentes preparadas para absorver conhecimento e utilizá-lo para os mais diversos fins. Resumindo, nada adianta utilizar o mesmo método que mudou a vida de alguém, se você não está disposto a fazer as mudanças que aquela pessoa fez para chegar ao patamar que ela conseguiu.
Definindo os Hábitos e Suas Utilidades
A palavra hábito (do latim habitus), se mostra no dicionário como uma “rotina de comportamento que se repete regularmente e tende a ocorrer subconscientemente”. Já o American Journal of Psichology, autoridade máxima quando os assuntos acadêmicos são relacionados à psicologia, define hábito como “um modo mais ou menos fixo de pensar, querer, ou sentir adquirido através da repetição anterior de uma experiência mental”. Ambos os significados, trazem a nossa cabeça a ideia de continuação e aperfeiçoamento através da repetição.
Hábito da Leitura
Em tempos de redes sociais, em que nada parece despertar interesse fixo, e que tudo perde valia depois do prazo de validade que é cada vez mais curto (uma notícia já é velha depois de 15 minutos), estabelecer um hábito é cada vez mais difícil. Seguir o que outros fazem, e não se ater a nenhum propósito, parece ser o caminho oposto do sucesso, seja lá o que for sucesso para você. E por mais que pareça difícil aceitar, o grande opositor do sucesso, e facilitador da alienação, é o medo.
O Medo Como Fator de Alienação
Existem alguns tipos de medo muito clássicos, que quase todas as pessoas tem, mas que nem todas se deixam dominar. Esses medos são repassados a todos diariamente nos jornais populistas, que não poupam o telespectador de imagens e detalhes desnecessários, mas que chocam e criam terror na população. Repassados pelas igrejas, que impõe verdades, sendo algumas delas, absolutamente impróprias pros dias atuais, já que foram criadas há milênios e não se atualizam de acordo com as demandas sociais contemporâneas. Alguns medos são repassados até pelas escolas, que selecionam informações importantes para retirarem da ementa letiva, e colocam verdadeiros elefantes brancos, que em nada influenciam para a melhora, apenas para alienar seus alunos dos intuitos do conhecimento que também deve ser adquirido e debatido, como educação financeira e inteligência emocional (assuntos que ficam pelo caminho, e permanecem orientados a serem discutidos pelos pais). Mas que medos são esses, que nos impedem de progredir e alcançar o sucesso, nos alienando dos nossos propósitos?
Os medos que nos impedem são os medos da crítica (o ser humano odeia se expor para avaliação alheia), da perda do amor (o ser humano por natureza precisa ser amado e amar e a ausência disso lhe causa medo), do fracasso( na maioria das vezes não utilizamos os fracassos como lição, e sim como estagnador ou fator depressivo), o medo da pobreza e da morte. Esses dois últimos são de longe os que mais atingem as mentes humanas, e colocam quase todos às margens da alienação, afastando os propósitos de cada um. Para enfrentar a alienação, a maneira mais efetiva é enfrentar estes medos.
Combatendo a Alienação e Perseguindo o Sucesso Por Meio de Hábitos
Para combater a alienação proveniente destes medos que criamos, e que são diariamente reforçados pelo modo que a humanidade se desenvolve, temos que definir claramente nossos propósitos e a partir deles, criar uma rotina de hábitos que se adeque e que produza frutos em direção ao propósito que ambicionamos. Por exemplo, o hábito de ficar 12 horas por dia sentado não é interessante para uma pessoa que tem como propósito ser jogador de futebol, mas é o aconselhável para o acadêmico que deseja ser professor, ou para um jogador de poker online.
Após desenvolver mentalmente quais são os hábitos adequados para cada tipo de propósito, é preciso estabelecer maneiras de implementa-los de forma que eles realmente se tornem hábitos diários, e não simplesmente tentativas frustradas como tantas outras. A primeira e mais importante questão neste ponto da caminhada é: abandonar todos os hábitos negativos, que tiram sua força de vontade, e sua energia para agir positivamente em direção aos seus propósitos. Cada pessoa sabe quais são seus hábitos negativos, mas os mais comuns giram em torno de drogas (ilícitas ou lícitas como cigarro), bebidas alcoólicas, e os excessos. Que fique estabelecido, que toda ação em excesso e tudo que acontece em demasia, é um hábito ruim.
Após definir os propósitos, combater os hábitos ruins, e listar os novos e bons hábitos, é necessário implementá-los na rotina. A receita é clara: repetição, persistência, perseverança. Retardar as falhas ao máximo é o ideal, para que assim, suas chances de acontecer diminuam e consequentemente não aconteçam. O ideal é juntar-se com aquelas pessoas que nutrem os mesmos propósitos que você, para que assim possam trocar experiências e dessa maneira obter uma ajuda mútua, para que em caso de dificuldade (e elas aparecerão), o obstáculo seja passageiro.
A Reciclagem de Hábitos
Um grande escritor, chamado Chales Duhigg, autor de um dos maiores best-sellers de melhoramento comportamental do mundo chamado “O poder do hábito”, estabeleceu o chamado loop dos hábitos.
Chales Duhigg
Os cientistas de todo o mundo associaram a teoria a diversos estudos comportamentais, assim como grandes profissionais ao longo de seus projetos e carreiras. Se trata um ciclo de 3 fases: o gatilho, a rotina e a recompensa.
O gatilho é aquilo que dispara o hábito, e se divide em cinco categorias: localização, tempo, estudo emocional, outras pessoas e ação anterior. Estabelecendo esse conhecimento, pode se utilizar estes gatilhos para abandonar os hábitos ruins (evitando os gatilhos). Da mesma forma que os gatilhos podem ser utilizados para adquirir hábitos promissores (buscando os gatilhos que trazem a lembrança de um bom hábito).
Após lembrar-se do hábito desejável o segundo passo para conseguir implementá-lo, é o hábito em si. Assim como o gatilho pode ser a roupa da academia em cima da mesa, a rotina seria ir pra academia, propriamente falando.
A terceira e última peça do loop, é a recompensa. Nada como voltar da academia e ter a sensação de dever cumprido. É essencial definir para cada novo hábito, a recompensa posterior a ele. Assim como definir para os hábitos ruins, as recompensas ruins que eles trazem. Como no caso do cigarro, por exemplo, a lista traz recompensas negativas como os inúmeros problemas de saúde (culminando até em câncer ou enfisema pulmonar), ou até mesmo as recompensas imediatas como a falta de vontade e moleza que um trago em um cigarro causa.
A definição de sucesso para cada pessoa é muito particular, mas o caminho por mais incerto e cheio de peculiaridades que seja, tem uma recomendação genérica: a definição de propósitos e a reciclagem dos hábitos. Não costuma ser fácil, mas também não é impossível.
