Princípios e Valores Na Vida Social

Muitas vezes nos vemos, durante a vida, tentando trilhar um caminho que parece não ter sido escolhido por nós. Ao analisar a fundo a questão, percebemos que toda a jornada de sofrimento pode ter começado por tentar agradar outras pessoas ou ser aceito. É inegável que a aceitação social é parte integrante do ser humano: ser aceito não só é importante como é fundamental para o convívio social, e essa necessidade está presente em todos nós, em maior ou menor grau, mesmo que de maneira inconsciente.

Quando se é jovem e passa a conviver com outras pessoas na escola, por exemplo, o grupo se torna importante e apresenta maior influencia nas atitudes e pensamentos individuais. O motivo está relacionado ao fato de que para ser aceito no grupo é preciso parecer com o grupo.

Com o tempo, essas inquietações podem não desaparecer e ganhar novos contornos. No contexto atual, considerando o advento das mídias sociais, a necessidade de ser aceito pode ficar ainda maior. Observa-se a vida dos outros e a considera melhor do que a sua, o emprego dos outros melhor do que o seu, as experiências dos outros são sempre melhor do que a sua, e tudo mais que se pode observar pelas lentes e filtros das mídias sociais é melhor. Quando na verdade apenas parece melhor. Em decorrência desses sentimentos de ausência, uma ansiedade infinita vai surgindo, e pode provocar problemas mais graves.

A jornada para entender o que se passa na mente humana é longa. Se você se identifica com a situação, pode gostar de conhecer livros e filmes esclarecedores a respeito. Por isso separamos algumas dicas que envolvem a temática. A sugestão é começar pelo livro “O homem à procura de si mesmo”, de Rollo May, obra essencial para iniciar o conhecimento a respeito.

O autor foi um dos maiores psicanalistas do século XX e, neste livro, explora a insegurança dos tempos contemporâneos. May leva o leitor a reflexões profundas sobre o tema do autoconhecimento, fazendo conexões com autores internacionais, como Nietzsche, Shakespeare, a mitologia grega, entre outras referências. Divaga em uma escrita poética sobre como a liberdade se conquista ao se conhecer para, assim, viver com plenitude e de forma íntegra. Separe um caderninho para fazer anotações, porque vai valer a pena!

Os filmes também são ótimas fontes de conhecimento sobre a temática do autoconhecimento, além disso, as imagens podem ajudar no entendimento do que não pode ser dito, mas apenas sentido. Por isso veja essa lista.

Às vezes, o autoconhecimento pode levar uma vida inteira, inclusive pode-se levar muito mais tempo para conhecer os outros, mesmo aqueles que estão ao nosso redor diariamente. Um exemplo interessante, disponível na Netflix, é o filme Nebraska (2014). No enredo, o filho decide acompanhar o pai idoso até Nebraska porque ele acredita ter ganhado um prêmio de um milhão de dólares. Obviamente, ele não ganhou esse dinheiro, e essa informação fica clara desde o início (portanto não vamos considerar como um spoiler, ok?). O longa-metragem é muito mais revelador do que parece. Provavelmente, você ficaria em dúvida sobre assistir ao ler a sinopse, mas, ao final se mostra um grande presente.

O catálogo de opções é grande, e você até já deve ter assistido Na natureza selvagem (2007), “Eu maior” (2013), Livre (2014) e O palhaço (2011), por exemplo. Se não, fica a dica para fazer uma maratona de inspiração.

Eu maior (2013) é um filme de Fernando Schultz, Paulo Schultz com Letícia Sabatella, Marcelo Yuka, Laís Bodanzky e Waldemar Falcão, em que o espectador é levado a uma reflexão coletiva sobre questões da sociedade contemporânea e a busca pela felicidade. Várias entrevistas aparecem no longa e vamos aprendendo a partir das experiências e opiniões trocadas.

O palhaço (2011), filme de Selton Mello, os personagens Benjamim e Valdemar (interpretado por Paulo Jose), formam uma dupla de palhaços chamada Pangaré e Puro Sangue. Benjamin vive uma crise existencial e deixa o circo para mergulhar em uma nova aventura a fim de realizar um sonho.

Na natureza selvagem (2007) conta a história de Christopher McCandless, filho de pais ricos, que ao se formar na universidade como um dos melhor estudantes e atletas, desiste da carreira de prestigio e lucro. Em seguida, joga fora todos os seus pertences e viaja para o Alasca.

No filme Livre (2014), a atriz Reese Witherspoon interpreta Cheryl, uma mulher que, após a morte de sua mãe, um divórcio e uma fase autodestrutiva, decide se aventurar sozinha por uma trilha de 1.100 milhas pela costa do Oceano Pacífico.

Muito podemos aprender com esses personagens de nós mesmos tentando encontrar um caminho. O interessante é observar as histórias como uma metáfora, afinal ninguém está sugerindo que você largue tudo e vá viver em outro lugar sozinho. Assim como fazemos ao ler um mito grego, observe os significados e ensinamentos que podemos tirar de cada história.

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Categoria(s) do artigo:
Reflexão

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