Ultimamente, o mundo vive uma verdadeira epopeia feminina. Isso porque, diferentemente de 50 anos atrás, as mulheres do mundo passaram a ser porta-vozes de movimentos que pregam a igualdade entre gêneros, além de, também, dar atenção aos direitos básicos da mulher, que, durante anos, foram renegados. Por mais que pareça uma coisa lógica, sobre os direitos de homens e mulheres serem iguais, infelizmente, muitas pessoas, instituições e outras não enxergam isso.
Podemos dizer isso tomando como exemplo a grande disparidade de salários oferecidos a mulheres e homens que exercem as mesmas profissões. Isso é muito percebido, principalmente, na mídia, onde mulheres que são protagonistas de filmes, por exemplo, costumam receber menos que um homem protagonista de algum filme, também.
Esse é apenas a ponta do iceberg, em se tratando de problemas de tratamento com os diferentes gêneros. Muitos outros imbróglios se arrastam por entre o mundo envolvendo questões culturais e religiosas, como os muçulmanos, que praticam a fé islâmica e que as mulheres não têm o livre arbítrio de se vestirem como querem, sempre tendo que tampar todo o corpo, com um hijab, que é uma espécie de túnica que deixa somente os olhos à mostra.
Pode parecer brincadeira, mas em alguns locais, a mulher é impedida de arrumar um emprego, pois isso “mancharia” a honra dos seu pai e irmãos, ou, pasme: de tirar carteira de habilitação, embora em alguns locais do oriente médio, isso esteja mudando (lentamente, mas mudando). Além desses problemas de cerceamento de liberdade, a violência e o abuso sexual cometido contra as mulheres também são constantes, no qual os homens se acham no direito de bater, humilhar, violentar psicologicamente e abusar sexualmente de uma mulher a seu bel prazer só pelo simples fato de ser um indivíduo do sexo masculino. Essas barbáries ocorrem muito no planeta, principalmente no Brasil, local onde se fala muito em “Cultura do Estupro”.
Muitas pessoas, em sua maioria, homens, contesta tal denominação, dizendo que isso não existe no país. Mas não é isso que os dados estatísticos mostram: São centenas os casos de mulheres que denunciam, anonimamente, crimes como violência doméstica e abuso sexual no país, fora os outros milhares de casos que não são relatados por medo. Além disso, o país demonstrou uma enorme ignorância quando, em uma enquete promovida por um instituto, a maioria dos entrevistados disseram que o estupro acontecia “porque a mulher não se dava ao respeito”, ou seja, nesse “respeito”, se incluía o uso de vestimentas que, segundo eles, são “provocantes”, bem como alguns outros aspectos. Tal resultado causou não só indignação nacional, mas mundial, e explanou a real situação do Brasil, que mostra que a falta de informação não atrapalha somente as pessoas atingidas por tal ignorância, mas sim, a reputação do país perante as demais nações.
A Importância Do Feminismo Contra As Diferenças De Tratamento Nos Gêneros
Uma das consequências da enorme polarização política que tomou conta do país nos últimos anos é, justamente, a grande discussão entre as gritantes diferenças de tratamentos entre os gêneros. Muitas mulheres, encorajadas com os depoimentos de outras mulheres, começaram a relatar os diversos absurdos que viveram somente por serem mulheres: de humilhação no trabalho, passando por assédio sexual e chegando à violência, muitas começaram a enxergar, uma nas outras, forças para colocar suas preocupações para conhecimento do mundo, passando a exigir justiça para que, casos como esse, não voltassem a ocorrer.
Com essa polarização, também, muitas pessoas começaram a falar sobre o papel do feminismo na luta dessas mulheres por visibilidade e justiça. O Feminismo, para quem não sabe, é um movimento que visa mostrar ao mundo que ambos os gêneros, feminino e masculino, são idênticos, e que, por conta disso, precisam ter seus direitos igualizados. Um símbolo feminista, que sempre é lembrado em escolas e outros locais de ensino, é o Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março. Esse dia simboliza uma luta feminina que aconteceu nos Estados Unidos, reivindicando melhores salários em uma fábrica, no qual as mulheres decidiram cruzar os braços, esperando uma negociação com o patrão. No entanto, tal acerto não foi realizado e o patrão, irritado, decidiu trancafiar as mulheres no interior de sua fábrica e colocar fogo dentro. As mulheres que morreram nesse atentado viraram verdadeiros símbolos da resistência feminina no mundo e, a partir daí, começaram a endossar o movimento feminista.
Muitas pessoas, seja por ignorância ou mesmo má-fé, tentam denegrir a imagem do movimento feminista, pregando-o como se fosse o sinônimo de machismo. Como você podem saber, o machismo significa a superioridade do homem frente à mulher, que é o que ocorre ainda hoje na sociedade. O correto nessa comparação seria se o “feminismo” fosse trocado por “femismo”, no qual essa última significa a superioridade da mulher frente ao homem.
Esses ataques gratuitos a essa ideologia vêm, justamente, por conta de algumas posições defendidas pelo feminismo que criam certa polêmica, como a defesa ao direito da mulher de escolher ou não abortar, que é o ato de interromper uma gravidez. As pessoas que criticam tal posição são, geralmente, ligadas a alguma instituição religiosa, como a católica, que combate veemente essa ação. Muitas pessoas, para confrontar essas que são contra, dizem que a religião nunca pode ser um ponto de decisão, pois pode acontecer de a mulher nem ser religiosa e, mesmo assim, estar submetida a acatar a decisão que veio por conta de motivações religiosas.
Outra luta bastante conhecida do feminismo é contra a imposição de padrões estéticos, principalmente, sobre a forma do corpo. Muitas mulheres que se sentem “fora do padrão” acabam buscando meios para tentar se adequar, mas muitas não conseguem, e começam a se sentir frustradas por causa disso. O movimento tem por finalidade mostrar que o corpo da mulher é normal, sendo que os padrões são coisas impostas pela sociedade.
Para isso, existem muitas frases que invocam esse sentimento de empoderamento e de propriedade do próprio corpo, que você pode conferir nesse link. Várias frases de cunho feminista que expressam que a propriedade do corpo da mulher é só dela, e as decisões tomadas, também.
