História Do Funk
Nos anos 60 e 70 nasceu um novo estilo musical – o funk. Esse nasceu no Estados Unidos, com grande influência da música soul, R&B, Jazz e algumas músicas psicodélicas. O grande diferencial do funk era o swing que fazia todos dançarem na época. James Brown foi um dos primeiros representantes desse ritmo que ficou reconhecido internacionalmente.
Porém o primeiro resquício do funk foi pelo pianista Horace Silver que falava sobre o “funky style”, misturando o Jazz e o soul. Desde o início, o funk já tinha uma batida forte, marcante e dançante, com seções de metais, e era representada pelo movimento negro dos EUA, em sua maior concentração no Bronx, Nova Iorque.
Desde o princípio o funk já tinha em suas letras conteúdos sexuais, dando um ar indecente para o ritmo, que aderiu a sensualidade e algumas frases repetidas como características principais.
Na década de 70 é criado uma nova vertente do Funk, o P-Funk, que continha batidas mais pesadas, e um toque mais psicodélico em suas músicas, seu principal representante foi George Clinton e a partir dele surgiu diversas bandas que ficaram reconhecidas por todo país como por exemplo Lakeside, Brass Construction e Commodores.
Depois da década de 80 o funk ganhou várias outras vertentes e se dividiu em funk tradicional e outros derivados como break e rap. Lembrando que nessa época o funk estava muito em alta, e o comércio para quem fazia esse tipo de música estava muito bom. Porém tinha pessoas que preferiam mais um estilo do que de outro, por isso foi melhor fazer uma divisão em subgêneros.
Do lado psicodélico do funk surgiu também nos anos 80, mas somente no final dele, o house music, que explorava principalmente os efeitos eletrônicos com umas batidas derivadas do funk. Esse estilo cresceu bastante ao logo dos anos, principalmente nas festas dançantes.
Funk No Brasil
No Brasil não foi diferente, o Funk também se originou do Soul. Veio através de um álbum lançado por Gerson King Combo no final da década de 60 que trazia toda a influência norte-americana. Outros representantes que começaram a tender pro lado funk no mesmo período foram Tim Maia, Carlos Dafé e Tony Tornado, que como nos Estados Unidos representavam um movimento negro.
Assim percebendo como o público desse tipo de música aumentava nesse período, algumas produtoras surgiram afim de investirem no famoso baile funk que começava nos anos 80 a ganhar força . Entre elas a Soul Grand Prix e a Furacão 2000. Essas manifestações de cultura surgiram primeiramente no Rio de Janeiro, onde se afirmou mais rapidamente e depois foi se espalhando ao longo dos anos para o restante do Brasil.
Um novo ritmo fazendo muito sucesso nos Estados Unidos, o Miami Bass, na década de 80, chegou no Brasil alterando um pouco o funk já conhecido. Esse novo estilo trazia músicas cada vez mais sensuais, eróticas e com batidas rápidas e tocadas por um DJ e não mais por uma banda como antes.
A partir disso as músicas que antes eram apenas remix, começaram a ser compostas pelos próprios ouvintes dela, os temas abordados pelas letras do funk retratavam a vida das pessoas na favela, sempre ressaltando as piores experiências, como drogas (tráfico) e bebidas alcoólicas. Somente anos depois que o funk focou em letras com conotação sexual. Como se tratava de uma música feita pelo povo, para o povo, o funk se tornou extremante famoso no Rio.
Os bailes funk começaram a lotar nos anos 90, e o sucesso cresceu tanto que algumas músicas ficaram conhecidas internacionalmente. Os fenômenos do funk sempre surgiram das periferias, e só aumentaram de acordo com o tempo, alguns desses fenômenos são Bonde do Tigrão, . MC Marcinho, Tati Quebra Barraco, entre outros.
Vale lembrar que esses nomes fizeram sucesso nos anos 2000 e ainda sim, são muito ouvidos e conhecidos até hoje.
O funk sempre acrescenta algumas temáticas novas e nos últimos anos a ostentação vem sendo uma delas, as letras possuem sempre bebidas caras, roupas de marca, objetos importados, e ficou conhecida na boca de nomes que se tornaram muito conhecidos, como MC Guimê, MC Livinho e MC Gui, mudando a questão inicial que o funk trazia, que era o movimento negro.
Mais uma temática que vem crescendo é a de desapego, que traz letras de pessoas que passaram por alguma decepção, normalmente amorosa, e que precisa praticar o desapego para ficar bem e seguir em frente.
Apesar dessas novidades, no mundo do funk, o tema principal das letras do funk ainda são fazendo algumas implicações sobre sexo, diretamente ou indiretamente.
Outra vertente do funk dos últimos anos é a pop, que tem como representantes duas mulheres reconhecidas internacionalmente: Anitta e Ludmilla.
Desapego
Muitas pessoas praticam o apego por coisas materiais e pessoas que as fazem mal. Na maioria das vezes ela não percebe o quão presa a certas coisas ela se encontra, seja um objeto, uma pessoa, ou ao passado. E como não as fazem conscientemente, é difícil de simplesmente deixar o apego “ir embora”.
Por isso é sempre importante fazer um auto- exame de consciência, onde o foco é reconhecer o que realmente te deixa infeliz e te faz ficar mal, para procurar retirar isso da vida. Quando começa-se um processo de desapego, normalmente a pessoa sofre muito. E com base nisso, ela busca músicas que a consolem, e mostra que ficará tudo bem, como alguns funks
Esse desapego demora para se tornar efetivo, mas não demora para trazer mudanças na vida da pessoa. Quem pratica o desapego consegue se ver mais livre, feliz e sem criar ilusões desnecessárias.
Funk De Desapego
São os vários MCs que possuem músicas com letras de desapego como MC Don Juan, Mc Kekel e MC Bin Laden. Todas elas tratam de desapego de outros relacionamentos já vividos.
Algumas das frases mais famosas dessas músicas são:
- “Conheci a liberdade nunca mais vou me prender” (Mc Kekel)
- “Amar, amei gostar, gostei… Mas agora eu não quero nem de graça” (Mc Don Juan)
- “Deixa ele saber que eu tô curtindo pra valer” (Anitta)
- “Ninguém mandou se apegar, desapega!” ( MC DN)