A cultura japonesa é alvo de bastante admiração em, praticamente, todo o planeta, que não hesita em acompanhar os diversos lançamentos que povoam anualmente a ilha localizada no sudeste asiático. Uma das coisas que mais puxam a admiração do público é, justamente, o alto investimento que se tem em desenvolvimento de tecnologia, sendo que a ilha é o local mais tecnológico de todo o mundo.
No entanto, não é somente de tecnologia que vivem àquelas pessoas que nutrem uma paixão especial pelo arquipélago de ilhas. Por á, muito se fala sobre os acontecimentos que envolviam o Japão e os poderes antigos, como o império, que ainda existe por lá, mas sem toda a pompa que o acompanhava nos anos mais antigos.
Uma das figuras mais emblemáticas desse período era os ninjas, que serão o alvo desse artigo. Aqui, você vai conhecer um pouco mais sobre essa figura bastante conhecida e adorada pelo mundo, bem como algumas informações bastante pertinentes sobre ele. Vamos lá?
Os Ninjas
Não é difícil encontrar em festas temáticas e que necessitem do uso de fantasias pessoas que escolhem homenagear os ninjas, e isso se dá, as vezes, por conta da facilidade de se fantasiar de tal personagem: basta encontrar um tecido grande que possa servir para cobrir o rosto e, se der, todo o corpo, utilizando corda para amarrá-lo e, assim, se transformar na fantasia. Mas o que é, de fato, um ninja?
Não, ele não foi um personagem criado para os conhecidos mangás japoneses. Ele foi criado para muito mais que isso. Eles eram verdadeiros agentes secretos ou mercenários que eram parte da época do Japão Feudal, ou seja, quando eram famosos os senhores feudais que dispunham de servos para trabalhar em suas lavouras, num sistema anterior ao da escravidão e que foi muito conhecido também na Europa.
As funções que os ninjas deviam desempenhar eram bastante variadas, desde sabotagem, espionagem, assassinato, guerrilha, infiltração e qualquer outro tipo de serviço sujo que pessoas, geralmente ricas e de grande influência, não se sujeitariam a tal e, por isso, contratavam os serviços de tais elementos. Conhecidos por atuarem somente na surdina, os ninjas também poderiam atuar em campo livre, se esse fosse o caso. São conhecidos, também, por atuarem lado a lado com os samurais que, diferente dos ninjas, possuíam um código que ditava a sua conduta perante ao trabalho que executavam. Uma coisa em comum nas duas ordens é que havia tanto samurais quando ninjas mulheres, que também eram bastante requisitadas no serviço.
Não se sabe ao certo quando os ninjas começaram a suas atividades, mas acredita-se que é do século XIV. Mas isso se fala somente sobre os ninjas que são conhecidos hoje; é bem provável que ancestrais dos ninjas possam ter existido bem antes disso, existindo poucos documentos que possam comprovar a existência desses ancestrais. É válido destacar que naquela época não existia somente os ninjas que ofereciam serviços como espionagem, tendo outras pessoas que também desempenhavam tais atribuições sem estarem ligadas com os ninjas em geral.
Quando o Japão foi unificado sob o xogunato Tokugawa, o trabalho ninja sofreu uma baixa na procura, o que meio que jogou os ninjas no ostracismo. Mas isso não durou muito tempo: durante os séculos XVI e XVIII, o trabalho ninja foi novamente requisitado, por conta do surgimento de novos conflitos que necessitavam do uso da inteligência e sagacidade para resolvê-los.
A natureza secreta e bastante reservada dos ninjas deixou solto o imaginário japonês e, consequentemente, do mundo. A eles, passaram a ser dedicados coisas sobrenaturais, como andar sob as águas, capacidade de ser invisível, além de ter poder para controlar diversos tipos de elementos naturais. Popularmente, o ninja é retratado em diversos produtos da mídia, como filmes com essa temática. E, as técnicas ninjas continuam a fazer parte da cultura mundial até hoje: para você ter uma ideia, durante a segunda guerra mundial, o governo japonês ensinou técnicas ninja a espiões num centro de treinamento ultrassecreto. Percebe-se que as técnicas, embora milenares, ainda hoje são usadas em diversos centros de treinamento espião.
O período Edo na história do Japão foi crucial para que a cultura popular começasse a especular e a estudar a vida dos ninjas. Histórias e outros contos sobre a vida dos ninjas começaram a permear a população, instigando ainda mais a pesquisa sobre a vida desses profissionais. Um exemplo disso é a série Jiraya, bastante famosa no Japão e que foi ao ar no Brasil pela extinta Rede Manchete, durante a década de 1980 e 1990, além de games e desenhos que firmam que, até hoje, a cultura ninja está presente em grande parte da população. O sucesso da série no Brasil era tanto que a Manchete a exibiu durante a sua época de ouro, que durou dos anos 1980 até os anos 1995, e voltou a ser exibida com os anos derradeiros da emissora, em 1998 e 1999. Quando foi decretada a falência da rede Manchete e a sua posterior venda para a TV Ômega, que viria a fundar a atual Rede TV! o seriado continuou a ser exibido, ora de manhã, ora de tarde. Até hoje, fãs da série lembrar com carinho do cuidado da Manchete ao exibir os animes e mangás que fizeram sucesso no Japão, lamentando, também, a extinção da emissora, que, segundo eles, mais deram atenção ao que a população brasileira queria, de fato, assistir.
Um exemplo de como a cultura ninja está presente na cultura atual é o desenho “Tartarugas Ninjas”, que foram um grande sucesso nos anos 1990 e 2000, e, ainda hoje, despertam muita curiosidade dos fãs dos ninjas. O desenho consiste, basicamente, em quatro tartarugas que foram adotadas por um rato, que os ensinou diversas técnicas ninjas, o que fez com que eles virassem grandes ninjas, combatendo o crime na cidade onde vivem.
Até hoje, existem ninjas espalhados pelo mundo, e muitos deles deixam ensinamentos em formas de frases para quem deseja seguir os seus preceitos. Confira, nesse link, algumas dessas frases, além de alguns outros ensinamentos, bons para diversas situações: