Muitas pessoas sofrem sem saber direito o motivo de tanto sofrimento. Nesse artigo tentaremos fazer uma reflexão sobre o que é o sofrimento e selecionamos algumas mensagens para quem está sofrendo nesse momento e precisando de uma palavra de conforto.
Afinal Qual é a Utilidade do Sofrimento?
De acordo com alguns filósofos e pensadores, o sofrimento ocorre apenas quando sentimos que não há como escapar dele de nossas vidas de nossas percepções apesar de toda a inteligência que possuímos. O maior erro que podemos fazer, de acordo com o Buda, é descontar ou minimizar nosso sofrimento. Mas por quê? Porque o sofrimento é o portão de fogo através do qual devemos passar para envolver o caminho espiritual. Essa afirmação de Buda explica em parte o sofrimento para as pessoas que processam a sua religião, mas e os outros?
Um professor de meditação transcendental relatou um incidente que ocorreu no início de sua prática em que ele experimentou um momento de uma lembrança vívida por ele mesmo em uma situação na qual ele estava completamente impotente e padecendo de um tormento extremo. O local onde ele se encontrava era muito parecido com o imaginário que a maioria das pessoas tem de como o inferno deve ser. Segundo o professor ele escutava em vozes agudas gritando que aquele era o caminho para a iluminação, durante sua experiência de meditação. O sofrimento intenso pode ser experimentado, mas o que pode ter a ver com a espiritualidade e iluminação?
Pode ser uma realização muito angustiante que, enquanto nós podemos ser capazes de eliminar qualquer forma de dor, nunca seremos livres do sofrimento como tal. É como tentar escalar um penhasco muito alto e difícil de ser escalado, e de repente descobrir que o penhasco vai durar para sempre, sem fim. No entanto, esta é, de acordo com o Buda, nossa real condição humana. O sofrimento nunca pode ser completamente banido de nossa vida, nem mesmo de um momento de meditação transcendental. Mas Buda ainda diz mais: não é o suficiente para parecer favorável intelectualmente todo o sofrimento em nossas vidas. Temos de nos apegar em algum nível de emoção. Devemos sentir, por nós mesmos, como o nosso desconforto e sofrimento continua e, ora toma uma forma, ora outra.
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Devemos sentir o fogo interminável de sofrimento tão plenamente que a esperança de escapar, só nos rendendo. Quando fazemos isso, o caminho está aberto para a descoberta da terceira nobre verdade, segundo as tradições budistas: a de que, em última análise o sofrimento não pode ser o espectro terrível que imaginamos que seja. A Quarta Nobre Verdade, segundo o Budismo: O sofrimento como um recurso. Ao explicar o poder da meditação, o iogue faz uma interessante observação de que, desde que sentimos que podemos escapar da situação presente, nós não iremos notar muito sobre isso. Só quando sentimos é que não há escapatória para as nossas percepções, nossos sentimentos e nossa inteligência humana.
No caso de sofrimento, desde que sentimos que há alguma maneira fundamental para fora, não vamos ver o que ele realmente é, ou perceber as suas possibilidades. Quando nos tornamos sensíveis e conscientes o suficiente para ver que não há realmente nenhuma maneira para fora de encontrarmos a felicidade que tanto procuramos, e nós nos rendemos a esse fato, então podemos começar a fazer algumas descobertas interessantes.
Primeiro vemos que a nossa resistência tem sido baseada em nossas expectativas sobre nós mesmos e nossas vidas. Vemos que nosso ego ideal, a nossa imagem de quem deveria ou poderíamos ser, e que a vida poderia ou não deveria ser tão sólida ou necessária quanto pensávamos. Nós vemos que tudo isso é o nosso próprio drama de autocuidado e vemos a sua inexistência final. E nesse momento, que nos deixamos levar pelo sofrimento, por isso precisamos ser fortes o suficiente para entendermos que o sofrimento só poderá ser amenizado com a verdadeira compreensão de seu real motivo.
Ao fazê-lo, descobrimos, com algum espanto, que não apenas deixa de ser, como tínhamos tão intensamente temido. Em vez disso, o sofrimento atravessou um limite e entrou em um tipo diferente de existência. Encontramo-nos mais suaves, mais plenos, mais completos. De repente, não estamos mais em um ambiente hostil e ameaçador, onde estávamos constantemente lutando por nossas vidas, nossa segurança, nossa dignidade e nosso alimento. Nosso medo é passado e nós achamos naquele momento que o universo é um lugar de bênção. Sofrer faz parte da natureza humana, mas não podemos deixar que o sofrimento aniquile todas as nossas tentativas de sermos felizes, ou que acreditamos ser a felicidade.
Frases Sobre Sofrimento
- “Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento”. Machado de Assis
- “Não importa saber se a gente acredita em Deus: o importante é saber se Deus acredita na gente”… Mario Quintana
- Para Sempre
“Por que Deus permite
Que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
É tempo sem hora,
Luz que não apaga
Quando sopra o vento
E chuva desaba,
Veludo escondido
Na pele enrugada,
Água pura, ar puro,
Puro pensamento.
Morrer acontece
Com o que é breve e passa
Sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
É eternidade.
Por que Deus se lembra
– mistério profundo –
De tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
Baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
Mãe ficará sempre
Junto de seu filho
E ele, velho embora,
Será pequenino
Feito grão de milho”.
Carlos Drummond de Andrade
- “A melhor maneira que o homem dispõe para se aperfeiçoar, é aproximar-se de Deus”. Pitágoras
- “A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia”. Albert Einstein
- SIMULTANEIDADE
– “Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo! Eu creio em Deus! Deus é um absurdo! Eu vou me matar! Eu quero viver!
– Você é louco?
– Não, sou poeta”. Mario Quintana
- “Deus nunca perturba a alegria dos seus filhos se não for para lhes preparar uma mais certa e maior”. Alessandro Manzoni
- “Se alguém te perguntar o quiseste dizer com um poema, pergunta-lhe o que Deus quis dizer com este mundo”… Mario Quintana
- “O acaso é talvez, o pseudônimo que Deus usa quando não quer assinar suas obras”. T. Gauther