Todos sabem que o Brasil é um país bastante multicultural, e isso se deve, principalmente, por conta da grande massa de pessoas que colonizaram o país durante as Grandes Navegações, que ocorreram a partir do ano de 1500, encabeçadas pelos Portugueses e Espanhóis que desejavam descobrir novas terras para poderem escoar a sua produção, que já estava “encalhando” nas prateleiras europeias por conta da alta produção e, claro, explorar as novas terras em busca de recursos minerais e preciosos, aumentando seu poderio perante o mundo.
Todos sabemos que, embora a colonização do Brasil fosse um grande passo para que o país se tornasse o que é hoje, também sabemos o quão traumático foi esse processo para as pessoas nativas dessas terras, que sofreram todo o tipo de violação, saques, opressão, enfim. Vários capítulos como este se repetiram durante muitas vezes na colonização americana.
No entanto, não foram só de experiências ruins que a história americana foi escrita. A colonização serviu também para que acontecesse uma troca de cultura entre os povos, onde diversas coisas passaram a fazer parte da vida dos Europeus e vice-versa (com tradições nativas sendo incorporadas na rotina dos colonizadores), entre muitas outras trocas que foram benéficas para ambos os lados.
E hoje, o Brasil é uma verdadeira mistura de crenças, de sabores e, claro, de música, no qual é um dos setores que mais projetam o país para o Exterior. Atualmente, os ritmos que mais fazem sucesso no país é o sertanejo universitário e o funk, sendo esse um dos suprassumos das baladas joviais, principalmente em festas de universidades. Há muito criminalizado, hoje ganha espaço em, praticamente, todas as classes sociais. E, atualmente, a presença feminina nesse gênero musical aumentou muito, e é sobre isso que iremos falar no post de hoje. Aqui, você vai conhecer um pouco sobre o ritmo do funk, bem como algumas informações bastante importantes sobre a atuação feminina nesse segmento da música, além de algumas frases marcantes desse ritmo. Confira:
O Funk No Brasil
O Brasil, como se sabe, enfrenta diversos problemas que o impedem de se tornar um país de primeiro mundo. No entanto, a música é uma verdadeira unanimidade entre as pessoas, principalmente em outros países, já que a consideram envolvente, animada e que expressa e muito a realidade brasileira. E o funk veio com a missão de, realmente, dar “voz” à população de renda mais baixa.
Muitos acreditam que esse ritmo surgiu no Brasil, por conta do grande apelo que esse ritmo tem por aqui. No entanto, a sua origem se deu nos Estados Unidos, pelas mãos do grande astro da música James Brown. O funk se caracteriza como uma música que deixa o síncrono suave e passa para um groove de alto ritmo, o que deixa ainda mais dançante e com a melodia mais “fixa” na cabeça.
No entanto, o funk dos Estados Unidos é um pouco diferente do que foi pregado por aqui. O movimento iniciou-se no Rio de Janeiro, mais precisamente, nas favelas da cidade, como uma forma de chamar a atenção para os problemas do local, bem como criar uma identidade própria e cultural daquela região. No entanto, quando se fala em funk carioca, não se refere apenas à Cidade Maravilhosa, mas, sim, a todo o seu estado. Nos anos 1980, por exemplo, o fenômeno desse ritmo já chamava a atenção de pesquisadores e estudiosos da área, como o antropólogo Hermano Vianna, que dissertou, em sua tese de Doutorado, um pouco sobre o funk carioca, dando origem ao livro “O Mundo Funk Carioca”, que foi lançado no ano de 1988.
Nos anos 1970, porém, os movimentos do Funk no Rio de Janeiro já tinham se iniciado, o que deu origem aos “bailes FUNK”, que conhecemos hoje. Porém, o ritmo desse Funk era igual ao dos EUA, com influências do Jazz e do Soul. Lembrando que, nessa época, o Funk quase se perdeu, por conta do surgimento da Disco Music, um ritmo que pegava inspirações tanto do funk quanto do Pop para poder criar o seu ritmo próprio. Com o lançamento do filme “Os Embalos de Sábado À Noite”, lançado em 1977 e tendo como protagonista o ator John Travolta, esse novo ritmo ficou ainda mais popular, não sumindo o funk por um fio.
Nos anos 80, porém, começa a surgir os DJs especializados no ritmo, que buscava se voltar para o povo, principalmente os periféricos. E, com isso, o “funk” carioca começa a tomar corpo, tendo os anos 1990 sido decisivo para que o funk pudesse se findar como sendo um grande ritmo nacional. E isso aconteceu, como é possível ver hoje.
As Mulheres No Funk
Quando se fala em mulheres no funk, muitos esquecem que elas também exercem uma grande influência no cenário musical desse gênero. Uma das primeiras a se arriscas por esse caminho foi a artista Tati Quebra-Barraco, que, até hoje, é conhecida por conta de suas músicas. Novas vozes, então, surgiram, seguindo a evolução do Funk: Valesca Popozuda, Perlla, MC Anitta (hoje somente Anitta), MC Ludmilla (Hoje somente Ludmilla) e, a mais recente desse movimento, a cantora Jojo Maronttini, mais conhecida pelo seu nome artístico “Jojô Toddynho”, dona do hit “Que Tiro Foi Esse?”.
A entrada das mulheres no funk comprova que a luta pela inclusão em ambientes majoritariamente masculinos tem dado certo. E, geralmente, as letras dos funks de tais cantoras abordam o abuso pelo qual são tratadas e a sua liberdade em fazer o que quiser, tendo a consciência de seu valor e de seu poderio.
Pode-se dizer que a cantora Perlla, por exemplo, foi uma das percursoras para que vozes como Anitta e Ludmila aparecessem na mídia. Suas músicas eram funks com bastante melodia e músicas fáceis de decorar, o que conseguia angariar mais e mais fãs.
No link a seguir, você vai poder encontrar algumas frases de efeito retiradas de funks que foram cantadas por mulheres, para que você possa usar de legenda em suas fotos, ou, até mesmo, para fins de pesquisa. O link está disponibilizado a seguir, com diversos trechos de músicas funk:
https://www.trechosdemusica.com.br/status-de-musicas-de-funk