Seja Você Mesmo!

A vida é formada por diversas fases e cada uma delas acompanhadas de seus pontos positivos e negativos. Essas fases podem ser limitadas por idade, outras vezes essas fases podem ser limitadas por posicionamento social ou limitadas até mesmo por relacionamento e estado civil. Na transição dessas diferentes fases, que a maioria de nós passamos, são vivenciados momentos de conflitos, introspecção e auto análise. Momentos em que as pessoas se internalizam para se reconectarem novamente ao mundo. E é nesses momentos que muitos se reconstroem, se redescobrem para poderem ser uma pessoa autêntica para seguir seu novo curso de vida.

São diversos os motivos que que levam a construção do eu e os períodos de transição podem ocasionar os momentos de reflexão e até mesmo nos fazer reanalisar quem somos. Para muitos a noção de transição é importante para a aplicabilidade e compreensão do curso da vida contemporânea. Por exemplo quando uma criança passa para a adolescência, ou um jovem passando para a vida adulta, um solteiro passando para a vida de casado ou ainda um recém formado na busca de seu primeiro emprego. Todos esses momentos ocasionam uma “remodelagem” interna nos indivíduos que deverão assumir a partir de determinado momento novas posturas e comportamentos, levando-os a buscar o seu novo “eu” que está em constante reconstrução.

Freud relata sobre essas mudanças de eu, e que podemos relacionar com as diversas fases que um homem vivencia em sua vida.  Podemos ver que um dos discursos de Freud afirma que uma parte do eu se modifica em contato com a realidade, o que força o EU  a separar da realidade é a tendência de se separar de tudo que é fonte de desprazer surgindo, sendo esse processo consciente. Na concepção de Freud o EU, ou Ego (como é designado pelo autor), faz parte da estrutura da mente, que é tripartida (formada por ego, id e super-ego). O ego desenvolve sob influência do mundo externo e é o mediador entre o id (que ignora o certo e errado e o bem e o mal) e o mundo externo. O ego, portanto, representa a reflexão ou razão e é oposto ao id, que representa as paixões.

Na busca de equilíbrio mental e na procura de um melhor auto conhecimento e satisfação pessoal muitos tem se envolvido com meditação. A meditação treina a atenção ao momento presente e estudos que procuraram verificar os benefícios dessa prática diária, questionando pessoas praticantes, associaram essa prática com um maior bem estar físico, melhor estado emocional e a uma melhor cognição. A meditação tem sido utilizada até mesmo em tratamentos com pessoas que fazem acompanhamento com psicólogo em tratamento cognitivo comportamental por influenciar em mudanças comportamentais. A meditação possibilita um maior conhecimento de si mesmo, analisando se nos encontramos corriqueiramente em estado agressivo e estressantes e essa prática além de possibilitar uma auto análise possibilita, também, a redução de estresse e ansiedade diária, sendo portanto uma prática que possibilita apontar o que há de inadequado e também possibilita reabilitar e nos reestruturar para uma qualidade de vida mental e comportamental melhor.

Outros Benefícios da Meditação

Além de possibilitar o auto conhecimento foi verificado que a meditação auxilia na capacidade cognitiva. Por a meditação exigir focalização na sua prática esse treino possibilita modular a atenção no seu dia a dia permitindo maior eficiência nas tarefas diárias, além disso, aumenta a capacidade dos indivíduos de processar as informações e melhora também a memória de trabalho. A meditação pode melhorar também a pessoa no seu lado emocional, pois a melhora cognitiva não é um processo que esta isolado e ocorre diminuição das ruminação, assim como diminui os escores de afeto negativo e aumenta os escores de afeto positivo. Os resultados são significativos tanto para pessoas que não apresentam nenhuma patologia quanto para aquelas pessoas que apresentam depressão, que ao usar a meditação como uma terapia alternativa apresentaram, segundo estudos, uma menor chance de recaída da doença.

Como Deve Realizar a Meditação?

A meditação surgiu há milênios no oriente e hoje têm recebido atenção médica devido a pesquisas que apontam seus diversos benefícios para a saúde. Muda a forma de meditação conforme a escola de meditação que pode estar vinculada a tradições espirituais ou ser independente de instituições religiosas. Há algumas variações técnicas da meditação mas de modo geral a meditação envolve um estado em que há alteração de consciência, acompanhada de um relaxamento muscular e necessariamente é auto induzido e usa de algum artifício para realizar a concentração e o foco.

Alguns estudos mostram duas principais formas de se realizar a meditação: existe a forma concentrativa e a forma mindfulness. Na forma concentrativa o individuo deve escolher um foco para colocar sua atenção e concentrar nele. Muitos usam mantras para se focar, ou a respiração ou ainda escolhem um som ou realizam a contagem da concentração. Se a pessoa se distrai desse foco preestabelecido ela deve retomar a atenção para o foco. Já na forma mindfulness o individuo experimenta se atentar para a consciência do momento presente, com uma postura de aceitação sem realizar nenhum tipo de julgamento acerca da consciência do momento. Conforme os estímulos internos ou externos atingem a consciência a pessoa apenas os observa e assim como a pessoa observou como esses surgiram também só observa-os sumir sem nenhuma reflexão ou ruminação em cima deles.

Além desses dois principais tipos de meditação citadas acima, que recebem uma maior atenção científica, há também outras escolas de meditação como o Yoga, a meditação budista, a meditação cristã e a transcedental. Que estão associadas aos mesmos benefícios ocasionados pelas técnicas das escola mindfulness e a forma concentrativa, que possibilitam não só o melhor auto conhecimento e o foco no EU como também interferem diretamente nas atitudes diárias da pessoa repercutindo até mesmo na eficiência de seu trabalho e na sua interação social.

Independente  da forma escolhida para se meditar é importante criarmos a consciência da importância de se ter o auto conhecimento através dessas técnicas e buscá-lo para favorecer nossa qualidade de vida positiva!

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Categoria(s) do artigo:
Reflexão

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