Clarice Lispector: Citações, Vida e Obra

Ninguém pode passar pelo ensino médio sem conhecer a obra de Clarice Lispector.

Escritora Fortemente Ligada a Literatura Brasileira

Escritora Fortemente Ligada a Literatura Brasileira

Esta escritora que faz parte da literatura brasileira não é nem brasileira, mas sua obra ultrapassa as fronteiras de sua nacionalidade, tanto que são inúmeros os sites com citações de Clarice Lispector tamanha é sua riqueza de pensamentos.

Quem Foi Clarice Lispector?

A escritora de contos e livros Clarice Lispector nasce não no Brasil, mas em uma cidade chamada Tchetchelnik, na Ucrânia, no ano de 1921. Sua história de vida é bem interessante já que nem seu nome é Clarice de fato, mas sim Haia Lispector, e seus pais se chamavam Pinkouss e Mania Lispector.

Clarice Lispector, fazendo uma alusão a seu mais célebre sucesso, o conto Felicidade Clandestina, foi por muitos anos uma clandestina em diversas terras. Quando ainda era criança de braço passou por diversos países como Rússia, Áustria e Alemanha, tudo para fugir de problemas que os pais de Clarice previam em breve com a Alemanha Nazista. Por serem ucranianos era previsto que o ódio alemão e os pais mudaram o nome de todos os filhos ao chegarem ao Brasil.

http://www.youtube.com/watch?v=djj_gdxUrPI

Clarice é Pernambucana!

Mesmo tendo sua história começada na Europa foi nas terras do frevo que a vida de Clarice Lispector começou de fato. Sua mãe ficou condenada em uma cadeira de rodas e posteriormente deixa o mundo nos anos 30 e a família toda continua suas vidas. A formação judaica que Clarice não morre e esta pequena notável vai estudar e começar a educar a mente que seria notável. Anos depois quando começa a citar frases em suas obras que a eternizam como uma das mentes mais brilhantes do século XX.

E a infância da escritora foi cheia de talentos. Ainda jovem aprendeu um pouco de piano, hebraico e iídiche e usa o teatro como uma forma de se expressar, escrevendo ainda quando adolescente seu primeiro conto para esta plataforma dividido em três atos, intitulado Pobre menina rica.

Saída de uma escola judaica Clarice recebe cidadania brasileira e pernambucana e começa a estudar no Ginásio Pernambucano o ensino fundamental hoje, chamado de ginásio em sua época e já começa a criar contos e pequenas histórias que devem servir de inspiração para suas grandes obras no futuro. No começo sue trabalho é bem sentimental, como um diário de sensações que posteriormente começa a narrar com mais força e criar uma trama completa.

E desde o começo Clarice queria ser lida. Enviou diversas historinhas curtinhas ao jornal Diário de Pernambuco, mas infelizmente foi recusada, mas isso não a fez perder a sua sede de pensamentos e continuar produzindo.

Narizinho e a Obra de Monteiro Lobato Foram Reais na Vida de Lispector

O ano de 1932 foi particularmente interessante para Clarice, pois foi a base de seu conto Felicidade Clandestina. Você sabia que o fato da historia foi real? A família de Clarice Lispector teve que começar de novo uma vida no Brasil e por isso eles não tinham dinheiro para livros e foi neste ano que começou sua saga para ler a obra de Monteiro Lobato, Reinações de Narizinho, pedindo emprestado a um colega que deu origem ao conto. Porém foram poucos anos que a escritora ficou no Recife, mudando-se para o Rio de Janeiro para começar nova vida.

Quando Surge a Escritora Clarice Lispector

A base de cultura de Clarice é totalmente própria. Não foi inspirada em alguém que começou a ler mais em sua própria rotina de buscar conhecimentos que, assim que finalizou o ginásio começou a ser grandes obras como Eça de Queiroz, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Machado de Assis e o grande pensador Dostoiévski como muitos outros filósofos fizeram parte de sua pesquisa básica de leitura.

Perto do Coração Selvagem Foi Seu Primeiro Romance

Perto do Coração Selvagem Foi Seu Primeiro Romance

Sua base mesmo veio de cursos importantes que foi o de na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro. Estudo inglês durante seus últimos anos de escola, deu aulas de redação e matemática e se português e ainda começou logo a produzir suas obras, nada menos que contos dos melhores possíveis como Perto do Coração Selvagem, seu primeiro grande romance.

Clarice Lutou Muito Antes de Ser Escritora

A escritora dentre as mentes mais célebres do Brasil fez muita coisa antes de começar a se dedicar apenas aos livros. Estudou direito, foi secretária em um escritório de advocacia e em seus tempos livres publicou obras e já ia guardando a sua produção. Foi tradutora no Departamento de Imprensa e Propaganda – DIP durante a ditadura militar brasileira, também foi redatora durante o regime de textos para jornais.

Por bons tempos suas escritas ficaram dedicadas a jornais e bons textos saíram desta época como Onde se ensinará a ser feliz, uma produção publicada originalmente no jornal paulista Diário do Povo, mas eventualmente agrega a sua vontade de produzir para jornais seus contos que saíram em diversas publicações durante a ditadura.

A escrita não foi sua atividade remunerada por muitos anos porque sempre teve que manter a renda. Foi tradutora por diversos anos seguidos em diferentes espaços e eventualmente publicando títulos, mas sem ter sua obra reconhecida no público em vendas como esperava teve que manter outras rendas como publicar em folhetins, contos esporádicos curtos como colaboradora e participar de livros de contos.

Frases Célebres de Clarice Lispector

“Não se preocupe comigo. Eu sou muito feliz.” → Esta é uma das frases mais fortes da escritora porque ela era muito intensa em sua forma de escrita e transbordava romance e sensações, o que deixava a dúvida se sua infelicidade era real ou apenas lances de escritor.

“Me provoque. Me desafie. Me tire do sério. Me tire do tédio. Vire meu mundo do avesso” → Clarice odiava o marasmo, a vida parada e uma vida sem tanta ingratidão. Queria mudar, trabalhava para a ditadura, mas não era pacífica neste meio e de sua forma era queria sentimentos e não passar pela vida de forma tão simples e sem graça, como qualquer outro. Queria viver.

“Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite”. → mais uma prova do quanto a escritora brasileira sim, pois viveu sua maior parte da vida por aqui, era intensa e sabia bem o que queria.

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